quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Lições da Antártica

Ciência
Lições da Antártica







Ethevaldo Siqueira

Este artigo mostra o trabalho de pesquisadores que congelam seus ossos num continente gelado para esclarecer tanto os mistérios geológicos da região quanto o passado de todo o planeta. As informações são da Fundação Nacional de Ciência (National Science Foundation) dos Estados Unidos, uma entidade semelhante ao nosso CNPq. O rico material informativo dessa entidade está à disposição de quem se cadastrar (no site www.nsf.gov) da entidade.




John Goodge

Cerca de 98% da superfície do continente Antártica são cobertos de gelo. Apenas 2% são de terra descoberta. O geólogo e professor da Universidade de Minnesota-Duluth, John Goodge, tem visitado a região desde 1985, para estudar suas rochas e buscar ligações ou vínculos desses 2% do continente com seu passado. O estudo das rochas pode contar um pouco da história desse continente desolado, de sua formação e de suas transformações ao longo do tempo.

No fim de 2010 e começo de 2011, ele passou diversas semanas no campo, com outros cientistas, visitando uma dúzia de locais, espalhados ao longo de 2 mil quilômetros de montanhas. “Nosso trabalho tem sido a busca de locais adequados nas montanhas Transantárticas e colher amostras de rochas que possam, eventualmente, nos dar alguns exemplos do que existe por baixo da camada de gelo desse continente”, diz o professor Goodge.

Ele e seus colegas são financiados pelo Programa da Antártica norte-americano, administrado pela Fundação Nacional de Ciências (NSF, sigla da National Science Foundation dos Estados Unidos). A equipe passou inicialmente cerca de três semanas preparando-se para o trabalho de campo na Estação MacMurdo, que é a principal instalação norte-americana de pesquisa na Antártica. Segundo o professor Goodge, o projeto de pesquisa sobre as rochas da Antártica combina a dureza do terreno com a boa vontade e a camaradagem dos trabalhadores que escavam a terra.

As Montanhas Transantárticas

Uma das experiências pessoais mais interessantes do professor Goodge nessa pesquisa nada tem a ver com as rochas desse continente gelado. Ele diz que, na Antártica, mais do que em qualquer outro lugar, a gente aprende a trabalhar ao lado de colaboradores de todos os tipos e socializar-se, a fazer amigos, como em nenhum outro lugar. “Lá eu encontro pessoas que estão trabalhando na área de meteorologia, soltando balões de pesquisa, e pessoas que estudam os peixes da Antártica que criam seus próprios anticongelantes, e outras coisas tão boas e interessantes.”

Um bom tempo antes de aterrissar no gelo, os cientistas passam meses localizando os pontos que parecem mais produtivos e interessantes para a pesquisa. Eles usam a combinação de imagens de satélite e mapas topográficos. Para facilitar o trabalho, os pesquisadores usam, entre outras imagens, fotos do Serviço Geológico dos EUA feitas nos anos 1950 e 1960, recentemente digitalizadas. Um dos desafios para o professor Goodge é selecionar corretamente os especialistas para o trabalho de pesquisa com rochas na Antártica.

“Eu aprendi há muito tempo”, diz o professor, “que é gratificante escolher uma equipe de gente que traz diferentes especialidades e conhecimentos àquilo que estamos fazendo. E assim eu me vejo como o centro de uma roda que se beneficia do trabalho de toda essa gente que faz coisas diferentes.”

Sua equipe inclui um guia profissional e um montanhista, um estudante de pós-graduação da África do Sul, um geoquímico de isótopos e um geocronologista. Eles viajaram de helicópteros para chegar a locais situados a algumas centenas de quilômetros da Estação de MacMurdo, ou de aviões que os levam a lugares ainda mais distantes.




Recolhendo rochas/Foto: John Goodge

As rochas que eles colhem nos dão a possível resposta sobre como era nosso planeta antes da formação dos sete continentes que conhecemos hoje. “Quando pensamos acerca da história e da tectônica da Terra, passamos a entender que existiram diversos períodos em que supomos ter havido supercontinentes; muitos se juntaram, se não todos os continentes que conhecemos hoje. Pangea é o último deles, há cerca de 250 milhões de anos. Antes de Pangea se formar, havia outro supercontinente, Gondwana, que muitos acreditam já existia há cerca de 500 milhões de anos”, explica Goodge.

E outra parte da tão antiga história: “Pelo que temos visto”, completa o professor, “existem rochas e depósitos glaciais que nos parecem confirmar a ideia de que a Antarctica e a América do Norte tenham sido continentes vizinhos ou formaram um só bloco.” A equipe coletou mais de 1,5 tonelada de material rochoso, que encheu 30 imensas caixas de madeira. Abrir essas caixas para analisá-las, brinca o pesquisador, “é ter o Natal de volta aqui”.

Exibindo uma pedra mais complexa, ele diz: “Esta rocha é um granito, está impregnado de zircônio mineral, que é muito valioso para nós por causa de uma propriedade de sua estrutura de conter pequenas quantidades de urânio, que decaem ou se transformam naturalmente em isótopos do estanho. Esse fenômeno pode, por sua vez, ser usado como relógio capaz de medir a idade das rocha. Assim, podemos analisar o zircônio e saber quando esta rocha se formou. Além disso, a análise da composição do isótopo nos informa sobre o passado do próprio granito”.

Para Goodge, a Antártica, embora não dê a impressão de ser muito ativa, é, na verdade, um ambiente bastante dinâmico. E ela é um lugar importante para se estudar a saúde do planeta – inclusive o impacto da mudança climática global sobre as mudanças de estabilidade da cobertura de gelo.

“E, se nós pudermos entender o que aconteceu no passado, teremos pelo menos um meio ou indicação para prever o que poderá acontecer no futuro e então, é claro, no tocante à mudança climática. A questão central é esta: qual poderá ser o papel adicional exercido pelo homem e por sua ação de modo a proteger os sistemas naturais de eventuais ciclos que já podem estar em curso?”

Na avaliação de Goodge, que tem viajado com frequência à Antártica, o ambiente desse continente ainda guarda características misteriosas, fascinantes e imprevisíveis.

Na avaliação do professor norte-americano, uma das coisas mais interessantes sobre a Antártica é que a gente perde o senso de escala. “Se sai a caminhar pelas montanhas do Oeste dos Estados Unidos, você pode ver árvores e estradas, e assim ter uma noção da distância em que se encontra ou do tamanho das coisas que vê. Já na Antártica, tudo é uma extensão do branco e misturado. O que você vê pode mesmo ser uma paisagem montanhosa ou uma porção de geleiras. É um belo cenário e as distâncias ainda são enganadoras. Você se sente pequeno e cada vez mais curioso em testemunhar as coisas que se passam ao seu redor. Esta paisagem gelada está cheia de antigas pistas para esclarecer mil mistérios. Cabe a você decifrá-las ou interpretá-las.”

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Telefone Celulares

Telefones Celulares

O telefone celular é o produto mais exportado pela industria de Telecom. Para detalhes consulte: Produção e Exportação de Telefones Celulares






Indústria de Telecomunicações



Faturamento da Indústria Eletroeletrônica




R$ milhões 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011*
Telecom 7.431 8.760 13.006 16.451 16.742 17.465 21.546 18.367 16.714 19.388
Informática 13.391 16.701 20.624 24.437 29.418 31.441 35.278 35.278 39.864 42.256
Total 56.353 63.948 81.601 92.814 104.083 111.711 123.092 111.839 124.376 134.884

------- *Projeção Abinee



Em Set/11 a revisou para 16% a projeção de crescimento para a indústria de Telecom em 2011. Ela havia reduzido esta previsão para 14% em Jun/11 (era 16% originalmente).


Faturamento da Indústria de Telecom cresceu 21% no 1 Semestre de 2011



O faturamento da Indústria de Telecom no Brasil cresceu 20% no 1T11 e 21% no 2T11 em relação a igula período de 2010, segundo a Abinee.



O crescimento de vendas de telefones celulares - cerca de 30% superior em comparação aos três primeiros meses do ano anterior - e do retorno dos investimentos em infraestrutura de telecomunicações, especialmente de banda larga foram responsáveis por este crescimento.

















Vendors no Brasil



Apresenta-se a seguir a receita bruta no Brasil de Ericsson, Alcatel-Lucent e Nec.




Receita Bruta (R$ milhões) 2008 2009
Ericsson 1.481 1.736
Alcatel-Lucent 1.580 1.127
Nec 460 353

Fonte: Balanço das empresas









Apresenta-se a seguir o faturamento no Brasil em 2008 dos principais fornecedores.




US$ milhões Vendas em 2008 Crescimento
1 Nokia* 2.469 -
2 LG* 2.594 -
3 Samsung* 2.219 12,3%
4 Alcatel 702 18,3%
5 Motorola 671 -
6 Ericsson 658 10,8%



Fonte: Anuário Exame Melhores e Maiores.

* Nokia (Manaus), LG (Taubaté e Manaus) e Samsung (Manaus).





Exportação e Importação: Motorola e Nokia 2011



Apresenta-se a seguir os dados das maiores empresas Exportadoras e Importadoras do setor de Telecom (Motorola e da Nokia). (Fonte: MDIC)




US$
Milhões Exportação Importação
(Jan-Out/11) (Jan-Out/10) (Jan-Out/11)
(Jan-Set/10)
Motorola * * 751 429
Nokia * * - 695

* Não ficaram entre as 40 principais empresas.






US$
Milhões Exportação Importação
2008 2009 2010 2008 2009 2010
Motorola 1.174 557 312 1.667 711 524
Nokia 458 347 366 1.151 718 781

Guia de Legislação das Telecomunicações

Guia de Legislação das Telecomunicações








A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é o órgão regulador das Telecomunicações no Brasil. Ela foi criada pela Lei Geral das Telecomunicações (Lei no. 9.472, de 16/07/97) com as seguintes características:

A agência possui independência administrativa e autonomia financeira;
Existe ausência de subordinação hierárquica, mas a agência está vinculada ao Ministério das Comunicações;
Os membros do Conselho Diretor possuem mandato fixo e estabilidade. São escolhidos e nomeados pelo presidente da República após aprovação do Senado Federal.

A instalação da Anatel ocorreu em 5/11/1997. A Agência completou 14 anos de existência em 2011.






Anatel: www.anatel.gov.br



Atendimento ao usuário: 133





Conselheiros da Anatel



João Batista de Rezende foi nomeado para exercer o cargo de presidente do Conselho Diretor da Agência, com mandato até 5 de novembro de 2013. A nomeação foi publicada em 01/11/2011. Rezende é membro do Conselho Diretor da Anatel desde 2009.



Os atuais conselheiros estão em azul na tabela a seguir.




Mandato 1 Mandato 2 Mandato 3 Mandato 4
Conselheiro Término Conselheiro Término Conselheiro Término Conselheiro Término
Guerreiro 05/11/00 Guerreiro, Schymura,
Elifas 05/11/05
Bedran
05/11/10 Bechara 11/11/15
Perrone 05/11/01 Luis Alberto 05/11/06 Sardenberg 05/11/11 Zerbone 11/11/16
Leite 05/11/02 Leite 05/11/07 Emília 05/11/12
Leonel e Tito 05/11/03 Ziller 05/11/08 João Rezende 05/11/13
Valente 05/11/04 Plínio 05/11/09 Valente 05/11/14





O Conselho Diretor da Anatel é formado por 5 conselheiros que ocupam posições com mandatos de 5 anos. No entanto, para o primeiro termo iniciado em 5/11/1997 – data de constituição da Agência – foram estabelecidos mandatos diferentes (3, 4, 5, 6 e 7 anos) para distribuir a renovação do conselho e evitar descontinuidade. Os mandatos são atribuídos às posições, independente da data de posse ou saída dos conselheiros.



Apresenta-se a seguir a relação dos Conselheiros e Ex-Conselheiros:


Elifas Elifas Chaves Gurgel do Amaral
Emília Emília Maria Silva Ribeiro
Guerreiro Renato Navarro Guerreiro
João Rezende João Batista Rezende
Leite José Leite Pereira Filho
Leonel Leonel Mário Leonel Neto
Luis Alberto Luis Alberto da Silva
Perrone Luiz Francisco Tenório Perrone
Plínio Plínio Aguiar Júnior
Schymura Luiz Guilherme Schymura de Oliveira
Tito Luiz Tito Cerasoli
Valente Antônio Carlos Valente da Silva
Ziller Pedro Jaime Ziller
Bedran Antônio Domingos Teixeira Bedran
Sardenberg Ronaldo Mota Sardenberg
Valente Jarbas José Valente
Zerbone Rodrigo Zerbone Loureiro
Bechara Marcelo Bechara de Souza Hobaika



Ouvidor da Anatel: Nilberto Miranda, mandato de 2 anos a partir de 02/07/08.





O Conselho consultivo é formado por 12 membros:

Alfredo Horácio Ferrari Martini

Bernardo Felipe Estellita Lins
Fernando Cesar De Moreira Mesquita

Virgínia Malheiros Galvez
Cláudio Marcelo Siena
Eduardo Levy Cardoso Moreira
Fábio Luis Mendes
James Marlon Azevedo Görgen

Leonardo Roscoe Bessa
Marcello Miranda Sampaio Corrêa
Roberto Augusto Castellanos Pfeiffer
Rodrigo Zerbone Loureiro





Orçamento da Anatel



São receitas da Anatel os recursos do Fistel, as dotações orçamentárias e os créditos adicionais que lhe venham a ser consignados.



Receita do Fistel, Despesas e Pessoal da Anatel




R$ Milhões 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Arrecadação Taxas
Fiscaliz. 617 650 795 1.180 1.542 1.753 2.041 2.577 2.653
Despesas Anatel 225 258 231 252 231 230 263 300 326






R$ Milhões 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Rec. Fistel* 4.302 2.173 2.277 4.430 2.694 1.288 1.987 2.056 2.349 2.700 6.400
Pessoal 885 1.121 1.170 1.281 1.358 1.340 ND 1.571 1.528 1.410 1.468

*empenhos Anatel,

TV Digital, General Alencastro, Licitação Sobras, Provedores de internet e aquisições.

TV Digital, General Alencastro, Licitação Sobras, Provedores de internet e aquisições.

Eduardo Tude




Já estamos em dezembro, último mês do ano, mas também o mês de maior crescimento do celular do ano.




Apesar do esforço de vendas do Natal é hora de começar fazer um balanço do ano e planejar 2012.



A TV Digital completou na sexta (2/12) quatro anos de operação no Brasil. A data passou em branco, sem comemorações, longe do clima de euforia de quando o serviço foi lançado. A TV Digital abaixo das expectativas para 77% em Enquete realizada pelo Teleco.




O conversor continua caro e o caminho natural para a transição da TV analógica para a Digital virá com a compra de novas TVs pelos usuários. Os problemas de cobertura em grandes cidades continuam existinto e esta situação coloca em perigo a data de 2016 para o desligamento da TV analógica no Brasil.





Enquanto isto, pesquisa da Nielsen nos Estados Unidos, mostra que está caindo o total de domicílios com TV nos Estados Unidos (3% não tem).




A nota de pesar foi o falecimento do General José Antonio de Alencastro e Silva, "O General das Telecomunicações", cujo nome dispensa apresentações pela contribuição dada às Telecomunicações Brasileiras.




Oi, Claro, TIM e Sercomtel entregaram propostas para o licitação de sobras de frequências realizado pela Anatel. O leilão ocorre na terça dia 6 de dezembro.




O CGI divulgou Pesquisa sobre Provedores de Serviços Internet no Brasil, que apontou que em 5.260 municípios brasileiros existe pelo menos um provedor de Internet.





Aquisições




A Folhapar decidiu fechar o capital da UOL e a Contax vendeu a Venecia, seu braço de atendimento exclusivo para clientes da Telefónica Brasil, por R$ 85 milhões para a Tellus.




A América Móvil obteve as autorizações e anunciou a aquisição de 100% das operações da Digicel em Honduras e a venda de sua operação na Jamaica para a Digicel. Diminui a competição nos dois países.