sábado, 4 de fevereiro de 2012

Oi reposiciona estratégia e entra na arena de cloud computing

As teles começam a se posicionar no Brasil para explorar a computação na nuvem. A Oi anunciou nesta quarta-feira, (01/02), em São Paulo, a oferta “Smart Cloud”, que contempla inicialmente a entrega de infraestrutura pelo modelo de serviço (Iaas).

Para entrar nesse mercado, a operadora investiu 30 milhões de reais na construção da plataforma e deverá aplicar em 2012 mais 30 milhões de reais para incrementar o portfólio de produtos. O público-alvo são grandes companhias que já fazem parte da base de clientes da operadora.

A plataforma Smart Cloud prevê a oferta de três linhas de produtos. A primeira, que estará disponível a partir desta semana, é a de infraestrutura de servidores em ambiente privado com uma série de recursos computacionais para companhias que querem contratar TI de acordo com o que consomem.

A segunda onda, estimada ainda para 2012, adicionará ao portfólio ofertas de colaboração, com soluções para comunicação unificada. A terceira etapa será a entrega de software como serviço (SaaS), o que deverá acontecer em 2013, ocasião em que a operadora estenderá a oferta de cloud para pequenas e médias empresas (PMEs).

Maurício Vergani, diretor da Unidade de Negócio do Corporativo da Oi, conta que o produto Smart Cloud foi desenhado para atender na primeira e segunda etapa às grandes companhias, que já possuem aplicativos de negócios como sistemas de gestão empresarial, Business Intelligence (BI) e ferramentas de relacionamento com o cliente (CRM). Essas organizações registram grande demanda por infraestrutura e links de comunicação.

“Inicialmente, são os 15 maiores grupos empresariais do Brasil que têm mais aderência à oferta de Smart Cloud”, diz o executivo. Ele afirma que a Oi reposicionou seus serviços e quer ser um player importante de TI para o mercado corporativo. A empresa conta atualmente com oito data centers espalhados pelo Brasil (Brasília, São Paulo, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Belo Horizonte), alguns foram herdados da Brasil Telecom, os quais já ofertavam hospedagem e colocation.

Apostas em nuvem

Com a reestruturação das ofertas corporativas, Vergani anuncia que entra na nuvem com estratégia agressiva para brigar com as que já estão disputando esse mercado como a recém-chegada ao Brasil Amazon e outros prestadores de serviços como Tivit, UOL Diveo, Ativas, HP e IBM.

“Nossos diferenciais nessa competição é a experiência em gerência de data center”, argumenta o executivo da Oi, destacando a vantagem de a operadora possuir backbones com redundância. Ele observa que disponibilidade de rede é a premissa de qualquer serviço corporativo, não apenas os ofertados pela cloud.

Vergani não acha que a Oi está entrando tarde em cloud computing e garante que a operadora é a primeira do setor de fato a ter oferta nessa área, alfinetando a Telefônica. A operadora espanhola tem uma parceria com a NEC para prover cloud computing na Espanha e América Latina.

Com o Smart Cloud, a Oi espera dobrar suas receitas com serviços de data center nos próximos três anos. Entretanto, a operadora não revelou os negócios dessa área nem a participação do setor corporativo no movimento da companhia. “Temos 15 mil clientes e esperamos que o serviço de TI tenha peso importante na Oi”, prevê Vergani.

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