sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

TIM pode ficar fora do leilão de 4G





O presidente da TIM, Lucas Luciani, admitiu hoje (16/02), que a operadora do grupo italiano poderá ficar fora do leilão para venda da faixa para prestação dos serviços de 4G, previsto para maio. O executivo já havia se manifestado contra o uso da freqüência de 2,5 GHz para implantação das redes LTE no Brasil.

“Se as condições não acompanharem a alocação de recursos e retorno de capital, não vamos para o leilão”, disse Luciani durante apresentação dos resultados financeiros da TIM na manhã desta quinta-feira.
A TIM era uma das operadoras que vinham defendendo o adiamento do leilão e reivindicando ao governo a troca da faixa de 2,5 GHz pela de 700 MHz, que atualmente é utilizada pelas empresas de radiodifusão, e poderá ser alocada para prestação de serviços de banda larga móvel, quando a TV analógica migrar para a tecnologia de alta definição. Esse espectro estará livre em 2016, gerando o chamado dividendo digital para as operadoras de telecomunicações.

O argumento de Luciani e de outras operadoras é de que a faixa de 700 MHz é a mais adequada para LTE no Brasil porque o volume de investimentos é menor do que o necessário para redes com 2,5 GHz. “É difícil pensar em espectro sem pensar em crescimento com eficiência”, diz o presidente da TIM, que é a favor do compartilhamento de rede para baratear os investimentos em infraestrutura.

Mario Girasole, diretor de assuntos regulatórios da TIM, completa que ainda há muitos pontos do edital da Agência Naciona de Telecomunciações (Anatel) a serem discutidos. Um deles é sobre a faixa de 450 MHz, destinada pelo governo para levar 3G para escolas rurais e áreas remotas. As teles terão que comprar essa frequência com a de 4G. “Serviço público deveria ser resolvido com recursos de fundos setoriais”, disse o executivo.

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